Internet no Brasil




Até recentemente, no Brasil, o acesso à Internet era restrito a professores, estudantes, funcionários de universidades e instituições de pesquisa.

Instituições governamentais e privadas também obtiveram acesso devido a colaborações acadêmicas e atividades não comerciais.

A partir de 1995, surgiu a oportunidade para que usuários fora das instituições acadêmicas também obtivessem acesso à Internet por meio da iniciativa privada. Com isso, aumentaria cada vez mais o número de computadores brasileiros fora das instituições de ensino ligados à Internet, e um vasto leque de aplicações surgiria em curto prazo.

Em 1987, a FAPESP (Fundação de Pesquisa do Estado de São Paulo) e o LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica) conectaram-se a instituições nos EUA. Após conseguirem acesso a redes internacionais, essas instituições incentivaram outras entidades do país a usar as redes. As entidades conectavam-se utilizando recursos próprios e pagando à EMBRATEL as tarifas normais pela utilização de circuitos de comunicação de dados.

O critério utilizado para selecionar onde se conectar foi em função da distância. Esse modelo funcionou por algum tempo e mostrou a necessidade de um projeto adequado para a formação de um Backbone nacional (para conectar os centros provedores de serviços especiais às redes regionais que, por sua vez, também deviam ser sustentadas).

Um ano depois, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) conectou-se à UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles). Várias universidades e centros de pesquisa conectaram seus equipamentos a uma dessas instituições.

Dois anos depois, em 1990, foi lançada a RNP (Rede Nacional de Pesquisa), uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) cujo objetivo era implantar uma moderna infraestrutura de serviços em Internet, com abrangência nacional.

O lançamento oficial da RNP contou com o apoio da FAPESP, da FAPERJ e da FAPERGS sob a coordenação política e orçamentária do CNPq. Até abril de 1995, a atuação da RNP se restringia a áreas de interesse da comunidade de educação e pesquisa do país. Sua missão básica era disseminar o uso da Internet no Brasil, especialmente para fins educacionais e sociais.

A RNP oferece conectividade IP em termos comerciais extremamente competitivos em todos os estados do país.

Em 1992/1993 ocorreu a implantação de uma espinha dorsal de comunicação cobrindo a maior parte do país, com velocidades mínimas de 9.600 bits por segundo (bps), em planejamento para o período 1994/1995 de alcançar a efetiva consolidação da rede.

Em abril/1995, o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia decidiram lançar um esforço comum de implantação de uma rede Internet global e integrada, abrangendo todo tipo de uso. Surgiu, então, o Backbone nacional de uso misto (comercial e acadêmico), resultante da expansão e reconfiguração do Backbone de uso puramente acadêmico. Surgiram as bases político-estratégicas da Internet/Brasil, concepção e implantação de um modelo de serviços Internet no Brasil que garantisse:
  • Cobertura nacional;
  • Vasta gama de aplicações;
  • Baixo custo para o usuário final (com papel prioritário reservado à iniciativa privada);
  • 11 empresas no servidor WWW experimental da EMBRATEL.

Em dezembro/1995, todos os circuitos de 2Mbits/seg correspondentes à parte principal da espinha dorsal da Rede Nacional de Pesquisa estavam operacionais (previsto para dois meses antes). Apesar disso, ainda estão pendentes o aumento de velocidade e a instalação de algumas conexões estratégicas para o país, já que a RNP é a única espinha dorsal com cobertura realmente nacional.

Fonte: www.ufpa.br




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